sexta-feira, 26 de julho de 2013

Nada mais

Não sabemos o que é o amor
Somos muito jovens para isso
Talvés apenas o desejo e curiosidade
Fora o que nos tenha movido.

Seria muito cedo para dizer que minhas lágrimas
Foram resultados de amores mal vividos.
Eu diria que tivemos apenas vivido
A saudade de longas conversas que nos trouxera riso.

Mas agora te digo sem dúvidas, sem certezas:
Deixemos que o acaso nos leve a espaços,
A momentos, a paixão.
Sim, a paixão... a nada mais
Só isso.

Andréa Mendonça

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Peça

Escrevi para ti tantos e tantos versos
Quando sabia que isso não te traria para mim.
E desejei ter o teu amor
Quando sabia que não podia tê-lo.
Mas hoje eu o tenho.
E daqueles antigos versos
Ficaram apenas as lembranças
De um tempo de dor que no fim
Me levou até o agora, onde os sonhos
Se fazem mais presentes
Em uma peça ensaiada para que não hajam falhas.
Na qual somos agora protagonistas e diretores
De nossa própria história.

Andréa Mendonça

terça-feira, 16 de julho de 2013

Menina doce

Laura é só uma menina doce
Que acolhe em seu peito uma enorme solidão.
As noites a observar as estrelas
Sempre a leva para distante.
E o que parece estar selado, se liberta outra vez.

As lembranças a faz chorar,
E ela busca de diversas formas
Expulsar a dor que sente.
Mas Laura é só uma menina doce
E não sabe que as dores que vão
Voltarão mais tarde com mais intensidade.

Pobre Laura, ela não queria ser assim.
Não sabe o que lhe falta
Ou talvés saiba muito bem...
Só não sabe onde encontrar.
Quando se isola em seu quarto
Seus pensamentos a sufoca e a torna sensível.
Laura não sabe o que pode fazer,
Mas acende sue cigarro e por um momento
Se sente bem...

As lágrimas escorrem pelo seu rosto.
Ela só tenta expulsar a sujeira que abriga na alma.
Laura é só uma menina doce
Que não mais se sente bem guardando suas verdades.

Assim como os outros, ela vai vivendo,
E se afogando em suas drogas.
Porque sabe que se fosse diferente
Ninguém estaria do seu lado.
Se Laura não fosse só uma menina doce
Ela sabe que ninguém a aceitaria.

Andréa Mendonça

O pouco que sabia, o pouco que descobrir

Sinto saudade dos tão breves momentos
Que vivi ao lado daquela menina...
Menina, porque foi assim que a enxerguei.
E hoje percebo que ela era mulher.
E infantil fui, quando acreditei
Que o que existia entre nós era amor.
Mas tudo não passou de uma aventura,
Que de tão mulher, ela antes vivera.
E eu de bobo, me entreguei a um sentimento
Que só em mim existira.
Ainda assim, não me arrependo do que vivemos.
Eu não seria o mesmo se ela não estivesse
Passado por mim e permitido olhar no fundo
Desses olhos que hoje muito me dizem.
Que me fizera descobrir que de mim eu pouco sabia,
Que de mim eu nunca saberei o bastante.
E que de você eu não deveria e não devo querer descobrir
Nem buscar razões que expliquem tudo que aconteceu.

Andréa Mendonça